Anne estava desconsolada.
Seu casamento de 10 anos acabou.
Roberto conhecera uma jovem,apaixonou-se e foi embora.Os dois filhos do casal,as dificuldades e alegrias,juras de amor eternas e um ponto final.
Passava os dias, pensando em como fazer para sobreviver,em como criar os filhos.
Por onde começar,já que seu ponto de apoio havia partido.
O salário de seu trabalho como balconista não era suficiente,e Roberto havia negligenciado a pensão.
Agora ela só ela por eles.
Num desses fins de expediente,ao voltar para casa,Anne sentiu que estava sento observada.
Um homem de carro preto a fitava,e mostrou uma nota de dinheiro.
Anne entendeu o recado,mas não podia.Desviou o olhar e foi embora.
Mas a frente no farol o mesmo homen.Ela pensou em tudo que estava passando ultimamente.
Essa mulher foi contra todos seus principios e entrou no carro.
Foram pra um motel.Agora não podia volta mais no tempo.
Sua moral havia sido corrompida.
Anne chegou em casa,e foi ao banheiro e lá chorou que nem criança.
Poderia ter sido diferente,pensou ela.Tinha raiva do ex-marido.Sentia auto-piedade.
Os programas tornaram frequentes.As lágrimas cessaram.E encara com naturalidade.
O dinheiro que comprou sua honra é o mesmo que alimenta os filhos.
Parecia que tinha resolvido um problema;as pessoas do bairro a olham torto,mulheres casadas não a deixam sozinha com seus maridos.
Anne sentia-se mal.
Não queria fazer mais nada disso lúcida,começou  a cheirar cocaína.
Aquilo dava-lhe uma sensação de anestesiada diante a situação.
Agora,ela é drogada e prostituida.
Outro dia foi na igreja e o padre barrou sua entrada.As beatas não a queria por lá.
Na vida tudo tem seu preço.Até sua dignidade tem seu preço.
O preço da dignidade é preconceito.